DATA E DIPLOMA DE CLASSIFICAÇÃOResolução do Conselho de Ministros n.º 142/97 de 28 de Agosto
ÁREA9 554 ha
CÓDIGOS NUTPT124 – Pinhal Interior Norte - 70 %
PT125 - Dão-Lafões - 15 %
PT127 - Serra da Estrela - 15 %
CONCELHOS ENVOLVIDOS CONCELHO | ÁREA (ha) | % DO CONCELHO CLASSIFICADO | % DO SÍTIO NO CONCELHO |
Carregal do Sal | 1476 | 13 % | 15 % |
Oliveira do Hospital | 6576 | 28 % | 69 % |
Seia | 1125 | 3 % | 12 % |
Tábua | 377 | 2 % | 4 % |
CARACTERIZAÇÃO
O Sítio é composto por elevações graníticas, entrecortadas por linhas de água, algumas encaixadas, onde se salientam o rio Mondego e o seu afluente rio Seia, bem como o rio Cobral, afluente do Seia.
Nas vertentes de máximo declive dos rios Mondego, Seia e Cobral, assim como nas linhas de festo adjacentes, encontramos os solos mais degradados ou incipientes, que suportam uma vegetação arbustiva dominada por giesta branca(Cytisus multiflorus), e afloramentos graníticos em abundância.
Este tipo de solos e os afloramentos graníticos constituem o habitat preferencial de Narcissus scaberulus, um endemismo lusitano, cuja ocorrência é exclusiva deste Sítio.
O Sítio Carregal do Sal é ainda importante para a conservação da salamandra lusitânica(
Chioglossa lusitanica), espécie vulnerável, endémica da Península Ibérica, que ocorre em ecossistemas ribeirinhos.
FACTORES DE AMEAÇA
As ameaças mais relevantes estão associadas aos incêndios florestais, à desmatações não selectiva no pinhal, à degradação da qualidade da água e à perturbação humana.
ORIENTAÇÕES DE GESTÃO
- Prioridade na redução do risco de incêndios florestais
- Adopção de práticas silvícolas adequadas
- Promoção da qualidade da água
- Manutenção da naturalidade das margens
- Condicionar a expansão urbano-turística nas áreas mais sensíveis
ESPÉCIES
Narcissus scaberulus - Narcisso-do-Mondego
Chondrostoma polylepis - Boga-comum
Rutilus macrolepidotus - Ruivaco
Chioglossa lusitanica - Salamandra-lusitânica
Lacerta schreiberi - Lagarto-de-água
Galemys pyrenaicus - Toupeira-de-água
Lutra lutra - Lontra, Lontra-europeia
Narcissus scaberulus
Narcisso-do-Mondego
Orientações de gestão
- Monitorizar as populações da espécie e a expansão de áreas florestais,na área de ocupação da espécie, por foto
- Interpretação, ou outro método de detecção remota, com uma periodicidade de 10 anos.
- Condicionar alterações de uso do solo, nomeadamente por florestação.
- Condicionar pastoreio com caprinos.
- Interditar a exploração de pedra nos locais mais relevantes para espécie.
- Preservar os maciços rochosos e habitats rupícolas associados.
O Sítio Carregal do Sal foi delimitado fundamentalmente devido à presença de Narcissus scaberulus.
Está em elaboração uma proposta técnica para o Plano de Gestão do Sítio Carregal do Sal no âmbito do Projecto LIFE - Plano Nacional de Conservação da Flora em Perigo.
http://www.icn.pt/pnc_flora_perigo/page4.htm
Chondrostoma polylepisBoga-comum
Rutilus macrolepidotus
Ruivaco
Chioglossa lusitanicaSalamandra-lusitânicaAmeaças:- A destruição da vegetação ripícola autóctone e áreas circundantes aos ribeiros está frequentemente associada à instalação de monoculturas com espécies não indígenas, como o eucalipto.
- A poluição dos cursos de água - resultante de descargas de efluentes não tratados de origem industrial e urbana, a par com a intensificação da utilização de pesticidas e fertilizantes na agricultura
Lacerta schreiberiLagarto-de-águaA poluição resultante de descargas de efluentes não tratados de origem industrial, urbana e de unidades de pecuária, a par com fontes de poluição difusa devidas à intensificação da utilização de pesticidas e fertilizantes na agricultura, cria situações de elevada eutrofização do meio, com a consequente perda da qualidade da água.
Ameaças:- A construção de barragens
- Os fogos florestais
- A implantação de infra-estruturas em áreas circundantes às linhas de água são apontadas como responsáveis pela destruição do habitat da espécie.
Lutra lutraLontra, Lontra-europeiaA destruição da vegetação ripícola - nomeadamente associada a acções de limpeza, extracção de inertes e aumento das áreas agricultadas – reduz as condições de abrigo nas margens, alimentação e segurança para a espécie.
Ameaças:
A poluição da água, seja qual for a sua origem
Galemys pyrenaicusToupeira-de-águaTodas as acções e actividades passíveis de provocar alterações significativas nos sistemas aquáticos e ribeirinhos e a sua desnaturalização constituem ameaças à conservação da Toupeira-de-água.
A construção de barragens é considerada a ameaça de maior magnitude e significância. A poluição da água, a destruição das margens e da vegetação ripícola natural e a destruição do coberto natural das encostas constituem também factores de ameaça muito significativos.
O local indicado pelo ponto vermelho é o único habitat para a Toupeira-de-Água no sítio do Carregal.
Este local é conhecido por Ponte da Atalhada.
Neste local muitos de nós aprendemos a nadar em perfeita harmonia com a natureza. A lontra estava lá, a toupeira-de-água também e os peixes nadavam em abundância ao nosso lado.
E agora sabem o que se faz todos os dias ilegalmente na Ponte da Atalhada?
Crimes ambientais para com todas as espécies existentes no Sítio do Carregal.
As autoridades competentes estão avisadas e nada fazem, porque será??!!
Será que não conseguem ver o que está bem visível para todos?
Ou será que não está??!!
Como podem não ver se até se vê do espaço!!!!
E o que nós temos agora na Ponte da Atalhada?
Toupeiras humanas que destroem um bem que pertence a todos.
Os afloramentos graníticos nas encostas dos vales do Mondego e Seia que servem de habitat para os Narcisos-do-Mondego são destruídos sem que existe sequer uma “licença para matar”.
Será que é aqui que pretende ensinar a nadar os seus filhos?
Ou será aqui que pensa fotografar uma Lontra ou uma Toupeira-de-água?
Julgo que não.
A jusante existe a praia fluvial de Pé Escuro com um belíssimo apoio de praia e que na época balnear se encontra com má qualidade da água – interdita a banhos.
Por isso é urgente parar com este crime ambiental
Aqui sabemos quem são as “Toupeiras Humanas” e podemos puni-las, obriga-las a repor as margens e socalcos, em suma para-las.
Não muito longe da Ponte da Atalhada no vale do Rio Seia existem mais “Toupeiras Humanas” mas estas são desconhecidas.
Mas nós estamos atentos e vamos descobrir quem são e denuncia-las.
Por isso é urgente parar com mais este crime ambientalA destruição das margens, encostas dos vales dos rios e com a desflorestação provocada pelos incêndios leva à degradação na qualidade da água. “Este crime ambiental mais aquele crime” podem levar à destruição do meio ambiente com a consequências que todos conhecemos – a destruição da vida.
Para o próximo Plano Sectorial da REDE NATURAA ERVEDUS propõe a catalogação de mais uma espécie.Que considera ameaçada e que pode mesmo acabar por desaparecerO HOMEM